Profissionais do Hospital da Criança, em Uberaba, acionaram a jornalista Gê Alves, do programa JM News 2ª Edição, da rádio JM. Segundo os relatos, a situação está difícil, devido ao aumento no número de casos suspeitos de Covid-19. 

A reportagem do Jornal da Manhã entrou em contato com a diretora do Hospital da Criança, Ana Paula Bosi, que confirmou o crescimento nos registros. Porém, ela justificou que todas as crianças com síndrome gripal são consideradas suspeitas da doença. “ A grande maioria do que a gente está atendendo hoje é suspeita de Covid, porque qualquer virose na criança vêm com uma síndrome gripal. A criança tem obstrução nasal, tosse, febre, e isso, agora com a pandemia, a gente sempre leva para a suspeita de Covid mesmo”, relatou a diretora do hospital. 

A médica ainda afirma que, nos casos em que são indicados o uso dos testes rápidos disponibilizados, 50% dos casos são positivos. No entanto, a taxa de positivos não demanda a quantidade de leitos Covid-19 no hospital. Ainda segundo Ana Paula, existem, atualmente, 12 vagas para Covid no Hospital da Criança, divididas entre convênio e SUS. Porém, existem alas desocupadas no hospital, que podem ser reativadas caso apresentada a necessidade, o que segundo Ana Paula, ainda não se fez necessário. 

“O preenchimento do leito na pediatria é muito pequeno. Hoje nós temos três pacientes internados só. Porque o quadro de Covid na criança é bem leve. Raramente temos visto complicações. Se não me engano houveram três casos que a gente precisou levar para o hospital referência de alta complexidade, que é o Hospital de Clínicas, que precisaram de UTI. Nós pegamos dois ou três casos em um adolescente e um pré-adolescente, mas todos saíram bem. Todos precisaram de oxigênio e tudo, mas todos saíram bem. A grande maioria são crianças que podem ser tratadas a domicilio”, conta. 

A médica também afirmou que todo o terceiro andar do prédio do Hospital da Criança está disponível para leitos Covid-19, seja suspeito ou confirmação. Porém, apenas 10% dos testes positivos acabam precisando de internação. É preciso se atentar, também, à faixa etária de crianças que contraem a doença, porque, mesmo podendo variar muito, já é perceptível que os casos mais complicados se manifestam em crianças menores de um ano com comorbidade e adolescentes ou pré-adolescentes, segundo as informações passadas pela gerente.


Fonte: Jornal da manhã - www.jmonline.com.br