Denúncias apontam risco de colapso em rede particular de saúde. Jornal da Manhã recebeu ontem à noite questionamentos sobre falta de vagas para pacientes com suspeita de coronavírus em UTIs tanto do Hospital São Domingos quanto no Mário Palmério Hospital Universitário.

Em resposta, o secretário municipal de Saúde, Iraci Neto, posicionou que, no momento, não há uma situação de colapso na cidade. O titular da pasta afirma que os hospitais particulares vêm sendo monitorados pela Prefeitura e houve realmente dias em que a taxa de ocupação chegou próxima ao limite, mas não é uma constante.

No caso do Hospital São Domingos, Iraci afirma que o estabelecimento tem protocolos específicos por ser da rede privada. Segundo ele, o hospital interna diretamente na UTI tanto pacientes suspeitos quanto com diagnóstico confirmado de Covid-19. Por isso, é observada uma taxa alta de ocupação. "Isso faz com que a taxa fique acima da média esperada ou até próxima do limite de 100%. Temos 22 leitos exclusivos para coronavírus no São Domingos, mantendo uma taxa média de 80% de ocupação. No fim de semana alcançou até um pouco mais", disse.

Já no Hospital Mário Palmério, o secretário afirma que o percentual de ocupação das vagas é menor. Ele salienta que há 10 leitos de UTI no estabelecimento e a taxa de ocupação oscila entre 40% e 65%.

Em relação à rede pública, o titular da Saúde manifesta que o Hospital Regional tem mantido uma taxa de ocupação confortável". Temos ainda uma gordura para atender pacientes. Até o momento, não faltou leito no SUS para nenhum paciente que precisou [...]. Além disso, apesar de termos novos casos positivos diariamente, temos também muitos pacientes recuperados", salienta.

Para Iraci, por enquanto, o município está conseguindo manter a evolução da doença sob controle e dentro da normalidade possível. No entanto, ele ressalta que é importante a população compreender que a pandemia não acabou e ainda existem regras sanitárias e de distanciamento que precisam ser obedecidas. "Se dermos passos equivocados e irresponsáveis, os números vão aumentar fora do nosso controle e capacidade de atendimento. Aí trazemos para perto a palavra que, até o momento, passou longe de Uberaba: o colapso. Isso está longe, mas sabemos que num processo de crise sanitária pode acontecer da noite para o dia", alerta.

Fonte: Jornal da Manhã - www.jmonline.com.br