Educação trabalha com possibilidade de volta às aulas em setembro na rede municipal de ensino, mas apenas com 20% dos alunos em sala no primeiro momento. A informação é da titular da pasta, Silvana Elias, que concedeu entrevista nesta sexta-feira (24) à Rádio JM e falou sobre as análises em andamento para a retomada das atividades presenciais nas escolas.

 Reforçando que a volta às aulas nas escolas municipais depende do aval do comitê técnico de enfrentamento ao coronavírus, a secretária de Educação declara que um plano para o retorno das atividades presenciais será entregue na próxima semana à equipe e a expectativa é um parecer do órgão sobre o assunto dentro de 15 a 30 dias.

 "No começo deste mês, trabalhávamos com a possibilidade de início de setembro [retomar as aulas presenciais]. mas tudo está sendo monitorado diuturnamente pelo comitê e pela primeira vez não adianta setor educacional ser afoito. Quem manda no nosso calendário hoje é a Saúde. Os integrantes do comitê é que vão dizer se pode ou não [voltar]. Analisar o protocolo e ver se como vamos caminhar", pondera. 

Mesmo se confirmada a volta às aulas em setembro, Silvana reforça que não será para todos os alunos de uma vez. Segundo ela, a proposta é que as escolas trabalhem apenas com 20% da capacidade no primeiro momento para viabilizar o distanciamento social. A titular da pasta afirma que a proposta é dividir as turmas para ter menos estudantes em cada sala de aula

 "Não vamos pensar em abrir a escola e todo mundo voltar no dia seguinte. Não existe essa possibilidade. Uma escola de 1000 alunos deve começar com 200. Metade da turma num dia e metade no outro. Ou a metade em uma semana e a metade na outra. Não é possível sentar um aluno ao lado do outro", destaca. Conforme a secretária, a orientação do comitê técnico é que os alunos mais velhos sejam os primeiros a retornar às escolas.

"Os técnicos da Saúde apontaram que o mais adequado é voltar dos maiores para os menores. Nossa pretensão no município é começar pelos alunos de 14 anos que estão no 9º ano e vir descendo", disse, ressaltando que a volta gradativa também é necessária por questão de infraestrutura porque não haveria espaço para abrigar aos mesmo tempo todas as turmas separadas devido ao distanciamento social.

 Para Silvana, a maior dificuldade seria a retomada da Educação Infantil, já que é mais complexo controlar o contato entre as crianças de zero a três anos de idade e a situação poderia favorecer a disseminação do novo coronavírus. "A educação infantil, sobretudo dos zero aos três anos que é a creche, dificilmente voltará nos próximos dois meses. Nem podemos assegurar se volta [este ano]", posiciona.


Fonte: Jornal da Manhã - www.jmonline.com.br